De enchentes a episódios de calor extremo, 10 dos piores desastres climáticos de 2018 causaram o equivalente a pelo menos US$ 84,8 bilhões em prejuízos, segundo estudo publicado pela organização de caridade Christian Aid nesta quinta-feira (27).
O calor extremo provocado por mudanças climáticas atingiu todos os continentes povoados este ano, afirmou a instituição britânica, advertindo que ações urgentes são necessárias para combater o aquecimento global.
“Esse relatório mostra que, para muitas pessoas, a mudança climática está tendo impactos devastadores em suas vidas e meios de subsistência agora mesmo”, disse Kat Kramer, que lidera o trabalho de questões climáticas da Christian Aid, em comunicado.
Especialistas afirmam que o aquecimento do mundo leverá a ondas escaldantes de calor, mais chuvas extremas, redução de colheitas e a crescente escassez de água, causando tanto perdas monetárias como sofrimento humano.
Quase 200 países estão tentando limitar o aumento das temperaturas médias do mundo de acordo com o acordo climático de Paris, embora alguns alertem que o progresso para atingir as metas tem sido lento.
Os eventos climáticos mais caros de 2018 foram os furacões Florence e Michael, que causaram o equivalente a ao menos US$ 32 bilhões em danos ao atingirem Estados Unidos, Caribe e partes da América Central, segundo o relatório.
Os Estados Unidos também sofreram ao menos US$ 9 bilhões em danos causados por incêndios florestais, que provocaram dezenas de mortes e destruíram milhares de casas na Califórnia.
O Japão foi fortemente afetado por enchentes severas, seguidas pelo violento tufão Jebi que, juntos, causaram mais de US$ 9,3 bilhões em danos, segundo o estudo.
O relatório também citou seca na Europa, 6 enchentes no sul da Índia e o tufão Mangkhut nas Filipinas e na China entre os desastres climáticos mais caros de 2018.
Os autores do levantamento chegaram ao custo total usando dados de fontes como governos, bancos e companhias de seguro, embora, em alguns casos, os números tenham coberto apenas as perdas protegidas por seguros e não tenham sido capazes de contabilizar o custo humano dos eventos.
Fonte: G1