As chuvas registradas nos primeiros quatro meses deste ano garantiram grande recarga hídrica na maioria dos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O aporte conquistado em 2022 já mais que o dobro de toda recarga obtida ao longo dos 12 meses do ano passado.
Conforme levantamento realizado pelo Diário do Nordeste, entre 1º de janeiro a 2 de maio, os reservatórios cearenses ganharam 3,75 bilhões de metros³ de água.
Ao longo de 2021, o volume aportado foi de 1,75 bilhão de m³. O índice atual ainda está atrás do registrado em todo o ano de 2020 (5,99 bi), mas, já é superior ao aportado nos anos de 2012 a 2019.
Até agora, o mês com maior recarga hídrica foi abril, com 1,62 bilhão de m³ de água conquistado. Em seguida, aparece março, com 1,5 bilhão de m³.
Somente fevereiro não teve mais aporte em comparação com igual período do ano passado (0,14 bi em 2021 contra 0,09 bi neste ano). Já o açude com maior ganho de água foi o Castanhão, que conquistou sozinho, neste início de ano, quase 1 bilhão de metros³.
Diante deste substancial aporte, o volume médio dos açudes cearenses saiu de 20%, no começo de 2022, para 36,9%. O índice é o melhor dos últimos oito anos.
No final de abril de 2014, o volume dos açudes monitorados pela Cogerh era de 30,35%. Naquela data, nenhum açude estava sangrando. Agora, são 36 reservatórios vertendo e outros nove estão próximos de sangrar, com mais de 90% de volume armazenado. Destes, dois já sangraram neste ano: Do Coronel e Maranguapinho.
- Araras, em Varjota: 95,53%
- Do Coronel, em Antonina do Norte: 97,51%
- Trapiá III, em Coreaú: 95,6%
- Malcozinhado, em Cascavel: 93,66%
- Maranguapinho, em Maranguape: 95,33%
- Pacoti, em Horizonte: 91,61%
- Riachão, em Itaitinga: 91,26%
- São Domingos II, em Caririaçu: 96,53%
Em contrapartida, 13 açudes estão no volume morto, isto é, abaixo dos 5%, e seis reservatórios se encontraram totalmente secos: Barra Velha, Forquilha II, Madeiro, Mons. Tabosa, Pirabibu e Salão.