O POVO Online percorreu cinco postos de combustíveis da Capital nesta sexta-feira, 28, para verificar as variações que o valor do litro da gasolina está sendo comercializado. Em alguns estabelecimentos foi possível encontrar o litro sendo vendido entre os valores de R$ 4,05 e R$ 4,49. Desde a greve do caminhoneiros em maio deste ano, os consumidores fortalezenses estão tendo que se adaptar à rápidas mudanças e ao marabalismo que empresários impõe aos preços refletidos nas bombas de combustível. 

Rafael Medeiros é comerciante e estava abastecendo seu carro no posto de combustível Multi, localizado na avenida Bernardo Manuel, próximo ao cruzamento da avenida Doutor Silas Munguba, na Serrinha. O estabelecimento vendia o litro da gasolina no valor de R$ 4,05. Ao O POVO Online, ele contou que soube do valor através de um grupo de amigos no WhatsApp, e quis aproveitar o momento. “Normalmente eu encontro o litro por R$ 4,40 e 4,55, e quis abastecer já para garantir a viagem desse feriado do Réveillon”, explica.

De acordo com assessor de economia do Sindipostos no Ceará, Antônio José, as variações que os consumidores estão encontrando nos preços comercializados do litro da gasolina em Fortaleza são decorrentes do sobe e desce econômico que parte do mercado internacional. “Em 2018, o Brasil enfrentou uma série de altos e baixos e ainda estamos sentindo os reflexos gerados pela greve dos caminhoneiros que aconteceu no primeiro semestre do ano. Isso torna o empresário e o consumidor inseguros. O comerciante quer vender, o cliente espera que a compra seja algo que lhe faça economizar, e isso acirra o interesse da concorrência. Os preços irão variar conforme a demanda, que dificilmente faltará”, explica.

O economista Alex Batist explica que para os donos dos postos de combustível essas mudanças no preço do litro da gasolina vêm da necessidade de adaptação ao dinamismo que vem do mercado internacional. “É a concorrência que faz o empresário modificar toda a sua estratégia de venda, se o posto ao lado vende um valor menor, o consumidor irá até lá, e o cliente muitas vezes não realiza pesquisas para adequar ao seu bolso, já que desde o início do ano as alterações são velozes. Se em um determinado posto já tiver com estoque suficiente, o comerciante se sentirá mais flexível a diminuir seu preço, ou se ele não usar nenhuma bandeira. No postos que são bandeirados  é mais difícil identificar essa flexibilidade”, explica.
Mudanças 
Desde o ano passado, a Petrobras passou a adotar uma nova política em relação aos reajustes, prevendo mudanças de valores com maior periodicidade, o que também impacta os preços praticados no mercado internacional. 




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