Começa nesta segunda-feira (26) o primeiro ciclo da pulverização espacial UBV pesado (fumacê) do ano em Fortaleza. De acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), serão realizados três ciclos até o dia 16 de março.
Em cada ciclo, cinco veículos equipados com o equipamento de pulverização do inseticida cobrirão 2.411 quarteirões de nove bairros da capital, diariamente, das 5 horas às 8h30min e das 16 às 20 horas. A recomendação aos moradores é que abram portas e janelas das casas na passagem do fumacê, para que o inseticida atinja o mosquito dentro das residências.
Em Fortaleza, a pulverização acontecerá nos seguintes bairros:
Conjunto Palmeiras
Jangurussu
José Walter
Planalto Airton Senna
Parque São José
Parque Santa Rosa
Maraponga
Vila Manoel Sátiro
Mondubim
Este ano, a Base Central de UBV da Secretaria da Saúde do Ceará realizou três ciclos de pulverização de inseticida em Aracati, de 23 de janeiro a 9 de fevereiro, e Solonópole, de 5 a 16 de fevereiro.
A pulverização espacial UBV pesado ocorre por solicitação dos municípios, que definem as áreas a serem cobertas. Para a realização do procedimento são avaliados os dados epidemiológicos apresentados pelos municípios, histórico de casos e ocorrência de transmissão de arboviroses (dengue, chikungunya e zika) nas áreas definidas. As aplicações a ultrabaixo volume (UBV) são preconizadas para controle do mosquito Aedes aegypti somente quanto houver necessidade do controle de surtos e epidemias, como estabelece o Ministério da Saúde.
A pulverização em UBV ou nebulização espacial é a aplicação de agrotóxico em dosagens baixas, através de equipamentos que “quebram” as partículas da calda inseticida em minúsculas gotículas, que em suspensão poderão atingir letalmente o inseto vetor. Tem efeito efêmero (somente enquanto em suspensão), é inespecífica (atua sobre qualquer outro organismo) e age apenas em mosquitos adultos. É medida de baixa eficiência e, se não precedida da eliminação de criadouros na área definida para o bloqueio de transmissão, não alcançará o fim proposto.
O inseticida não mata as larvas do mosquito, que estão em caixas d’água, potes, baldes, pneus, lajes. Por isso, a eliminação dos criadouros deve acontecer antes da passagem do fumacê. A população tem papel importante na eliminação de criadouros, que deve ser realizada pelo menos uma vez por semana nas residências. Assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.
As prefeituras também devem intensificar as visitas domiciliares dos agentes de endemias nas áreas de infestação e reforçar a atuação das brigadas institucionais e comunitárias no combate ao mosquito.
Fonte: G1 CE