A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) pretende incrementar a produção rural da agricultura familiar no Interior do Estado. A meta é instalar seis mil poços, de três tipos, em pequenas propriedades rurais. O objetivo é garantir segurança hídrica para os pequenos produtores, independentemente da quadra chuvosa, irregular e escassa nos últimos seis anos na maioria das regiões.

O investimento será de R$ 100 mi. O financiamento será garantido pelo Banco do Nordeste (BNB), por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 2,5% ao ano, carência de até três anos e dez anos para pagar, por meio do Programa de Financiamento à Projetos para o uso eficiente e sustentável da água (FNE-Água). Os juros vão de 6% a 9% ao ano, com carência de quatro anos e prazo de 12 anos para pagamento, informa a Ematerce.

Segundo a Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca, responsável pela assinatura do Protocolo para Projeto de Produção, atualmente o Ceará tem aproximadamente 40 mil poços perfurados, mas a demanda é cada vez maior, diante de uma das maiores estiagens do último século. Serão construídos poços dos tipos amazonas, tubular raso e tubular profundo, chegando a um incremento de 25% no número de poços.

A divulgação foi feita na solenidade de assinatura de protocolo para Projeto Poços de Produção, no Plenário da Assembleia Legislativa do Ceará. O presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, deputado Carlos Matos, enfatizou a importância do projeto para o incremento da produção rural, principalmente para os pequenos agricultores. “Se atingirmos a meta de seis mil poços, resolveremos grande parte dos problemas de segurança hídrica e produção rural no Estado”, destacou.

Do total de seis mil poços a serem perfurados, a Ematerce já selecionou 2.680 produtores interessados. Somente no Sertão Central, mil produtores manifestaram a intenção de serem atendidos com o Projeto.

O presidente da Ematerce, Antônio Amorim, avalia o Projeto como uma oportunidade grandiosa para aproveitar o potencial produtivo e criativo do produtor rural, mesmo diante de crise hídrica tão séria. “Presenciamos experiências formidáveis com a produção de tilápia em criatórios de tanques em pleno sertão, apenas utilizando água de poço e ainda usando a mesma água do peixe para irrigação de frutas”, ressaltou.

Apesar de o BNB já liberar recursos para a perfuração, o financiamento especial irá atender uma demanda maior de produtores interessados. O poço tubular profundo custa, em média R$ 7 mil, com até 70m.



Fonte; Diário do Nordeste

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