O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, afirmou nesta terça-feira (4) que a tendência é que a bandeira tarifária siga vermelha até novembro, o que implica em uma cobrança extra nas contas de luz de pelo menos R$ 3 a cada 100 kWh de energia consumidos.
Na semana passada, a agência anunciou que a bandeira tarifária, que estava amarela em março (cobrança extra de R$ 2 para cada 100 kWh), passaria para vermelha 1 em abril, devido à falta de chuvas que vem comprometendo a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.
Com os reservatórios mais baixos – e a proximidade do período seco -, aumenta a necessidade de uso das usinas termelétricas, que geram energia mais cara porque usam combustível para funcionar.
A taxa da bandeira tarifária serve para cobrir justamente o custo adicional devido ao uso maior de termelétricas.
Segundo Rufino, o período de chuvas no Sudeste e Centro-Oeste, onde estão as principais hidrelétricas do país, está se encerrando e já foi necessário acionar térmicas mais caras. Como a tendência agora é de menos chuvas naquelas regiões, a bandeira deve ficar vermelha até a volta do período úmido, em novembro.
“No período chamado seco, mesmo que tenha um regime [de chuva] melhor do que a média, o volume de afluência de água para o reservatório é baixo. Não vai ser nesse período que vai recuperar. O raciocínio é que muito provavelmente no período seco não haverá uma reversão da situação”, afirmou.