Apesar de a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) apontar possibilidade de chuvas neste início de semana em todo o Estado, a preocupação de quem mora no Sertão Central está aumentado. O motivo é a interrupção das precipitações desde o início deste mês de março. A maioria dos açudes continuam secos. Sem nuvens na região a esperança pela reposição de água nos reservatórios é ainda menor.

> Sistema que traz chuvas para o Estado do Ceará se dissipou
Entretanto, conforme a Funceme, a proximidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e ainda um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) posicionado sobre o Oceano Atlântico, estão trazendo novamente a nebulosidade sobre o Ceará. Com a atuação desses dois sistemas as chuvas retornando ao Estado. Há possibilidade de precipitações nesta terça-feira (13), na faixa litorânea, no noroeste e no Sertão dos Inhamuns.

No intervalo das 7hs do domingo às 7hs desta segunda-feira o órgão meteorológico oficial do Estado registrou precipitações em 44 municípios. As maiores chuvas no Ceará ocorreram na região Norte, em Martinópole, com 38 mm; Uruburetama com 37 mm; Morrinhos, 33 mm e Ibiapina, 30mm. O mesmo volume foi registrado em Tauá, nos Inhamuns. Também choveu no Sertão Central, mas apenas 13mm em Quixeramobim e 9mm em Boa Viagem.

Nesta última cidade milhares de moradores saíram às ruas na última quinta-feira (8) e bloquearam a BR-020 por aproximadamente uma hora. O principal açude do Município, o Vieirão, continua seco. A população sofre a mais de quatro anos com a escassez de água. O abastecimento está sendo feito através de chafarizes e de carros-pipa. Quem pode compra a água. Mil litros custa R$ 30,00. A solução é a instalação de uma adutora até o Açude Umari, no município vizinho, Madalena, atualmente com 52% da sua capacidade.


Fonte: Diário do Nordeste

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