Grupo explodiu na madrugada desta sexta-feira (24), um caixa eletrônico na cidade de Moraújo, Região Norte do Ceará. De acordo com a polícia, a ação dos criminosos começou por volta das 2h20. Os cinco homens estavam armados com pistolas e fuzis.
A polícia informou que vigilantes que trabalhavam próximo ao banco e residências foram usados como escudo pelos bandidos na hora da fuga. A polícia também disse que os assaltantes fugiram em direção a BR-222. Equipes da Polícia Militar de Sobral, Camocim, Massapê e Tianguá realizam buscas na região. Ninguém foi preso.
Um morador que conversou com o G1 disse que após o crime eles realizaram vários disparos. O morador também falou que o banco era o único que há na cidade e lamentou a falta de segurança. “É o único banco que realiza o pagamento do funcionário público de Moraújo. Agora o trabalhador vai ter que viajar para Sobral ou Tianguá para poder receber e fazer pagamentos”, lamentou.
Habitantes prejudicados com a violência
Cerca de 750 mil habitantes do Ceará estão sendo prejudicados por causa dos ataques contra bancos no ano de 2018. A informação é do Sindicato dos Bancários do Ceará. Até sexta-feira, 10 de agosto, o sindicato registrou 32 ataques contra agências bancárias, sendo 27 no interior do Estado e cinco em Fortaleza.
Outros dados do sindicato chamam atenção. Por causa da violência, 15 agências explodidas estão sem funcionar por completo. Vinte e três agências estão funcionando precariamente ou sem tesouraria. Cerca de 200 bancários estão sem ter lugar fixo de lotação. Ainda de acordo com o sindicato, 38 municípios estão com dificuldades nesse tipo de atendimento bancário no estado.
O sindicato informou ao G1 que já fez vários encaminhamentos para solucionar a questão, como audiência com a direção do Banco do Brasil, que é o mais atingido pelos ataques devido a sua capilaridade pelo estado, e com o governador Camilo Santana, cobrando segurança para os bancários e para a população.
Após negociação com o governo, o sindicato informou que algumas medidas foram tomadas como a criação do Cotar, Batalhão de Fronteira, Ciopaer para o Cariri e Sobral, mas os bandidos continuam sitiando as cidades e explodindo agências bancárias no Interior.
O Sindicato encaminhou aos vereadores e deputados estaduais a aprovação de leis de segurança bancária em vários municípios. O sindicato reforçou que em Fortaleza foi aprovada a Lei Municipal de Segurança Bancária e no âmbito Estado, foi aprovada a Lei Estadual de Segurança Bancária, ambas de 2017.
Agências bancárias fechadas ou sem condições de trabalho:
Aiuaba – agência explodida; sem funcionamento;
Antonina do Norte – agência explodida, funcionando na sala da Prefeitura, sem numerário;
Aracati – agência explodida, funcionando precariamente, com centenas de clientes de outros municípios;
Araripe – agência explodida; sem funcionamento;
Assaré – agência explodida e em condições péssimas, mas funcionários trabalhando, sem numerário;
Barreira – agência explodida, funcionamento parcial sem numerário;
Capistrano – agência explodida, mas funcionando sem numerário;
Carius – agência explodida; sem funcionamento;
Catunda – agência explodida; funcionando sem numerário;
Cedro – agência explodida; funcionando sem numerário;
Coreaú – agência explodida; funcionando sem numerário;
Chorozinho – agência arrombada, funcionando sem numerário;
Hidrolândia – agência explodida; funcionando sem numerário;
Icapuí – agência explodida, funcionando na sala da Prefeitura, sem numerário;
Independência – agência explodida; funcionando sem numerário;
Ipueiras – agência explodida, funcionando sem numerário;
Itapiúna – agência explodida; agência explodida; funcionando sem numerário;
Jaguaretama – agência explodida; sem funcionamento;
Jaguaribara – agência explodida, funcionando parcialmente precariamente;
Jaguaruana – agência explodida, funcionando parcialmente sem numerário;
Madalena – agência explodida; sem funcionamento;
Milhã – agência explodida; sem funcionamento;
Missão Velha – agência explodida; sem funcionamento;
Monsenhor Tabosa – agência explodida; funcionando sem numerário;
Mulungu – agencia explodida, funcionando sem numerário;
Nova Olinda – agência explodida, sem funcionamento;
Novo Oriente – agência explodida; funcionando sem numerário;
Ocara – agência explodida, funcionamento parcial;
Pedra Branca – agências explodidas, atendimento nos Correios;
Pereiro – agência explodida; funcionando sem numerário;
Pedra Branca – agencia explodida; sem funcionamento;
Piquet Carneiro – agência explodida, sem funcionamento;
Pindoretama – agência arrombada, funcionando sem numerário;
Reriutaba – agência explodida, sem funcionamento;
Redenção – agência explodida, sem funcionamento;
Saboeiro – agência explodida; sem funcionamento
São João do Jaguaribe – agência explodida, mas funcionando sem numerário;
Senador Pompeu – agência explodida, funcionando parcialmente;
Tejuçuoca – agência explodida; sem funcionamento;
Uruoca – agência explodida, sem funcionamento.