Na manhã da última sexta-feira, 17, professores do município de Tauá, a 347 km de Fortaleza, promoveram uma manifestação pedindo reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
A greve foi oficializada no último dia 7 e as atividades foram interrompidas nessa segunda-feira, 13, obedecendo os critérios da lei 7.783/1989, em que a paralisação de serviços essenciais devem ser comunicadas aos empregadores com 72 horas de antecedência.
Em comunicado , a Secretaria da Educação de Tauá disse que em três oportunidades tentou negociar com a classe de professores para resolver o impasse, mas o acordo não foi selado.
A titular da pasta, Sandra Margarete, afirma que o reajuste solicitado pela classe é de 8% e “não há obrigação legal para correção nos moldes solicitados pela classe”. Sandra ressaltou que em “greve de cunho meramente político”, o Sindicato da Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais Ceará (Apeoc), representando a minoria dos professores públicos, requer um reajuste salarial “exorbitante”.
Auci Oliveira, presidente da comissão da Apeoc-Tauá, discorda que adesão a greve tenha sido baixa. “A assembleia tinha em torno de 300 pessoas e a ata foi assinada por 250 professores. Temos esse registro”, ressaltou.
A Apeoc-Tauá disse que duas propostas foram apresentadas ao Município. A primeira com reajuste de 6% retroativo a maio, o que equivale a 4,89% de reacerto ao ano. O segundo, prevê um parcelamento, sendo 3% regressivo a maio, 3% em outubro e 2% em dezembro, o que representaria 2,94% de reajuste em 2018. “A taxa é inferior ao que é previsto pelo Ministério da Educação (MEC), que é de 6,81%”, destacou o ofício.
Segundo a Apeoc-Tauá, o município entrou com uma ação pedindo a decretação da ilegalidade da greve no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), além de multa de R$ 100 por dia para cada grevista e de R$ 10 mil ao dia para a Apeoc.
Uma audiência de conciliação acontecerá no TJCE, no dia 20 de agosto, com representantes do Município e da classe dos professores.
Fonte: O Povo Online