A Receita Federal apreendeu quase R$ 23 milhões em mercadorias nos portos do Ceará em 2018. Entre os itens estão armas, bebidas alcoólicas, videogames, aeronaves e embarcações. Em 2017, a soma das apreensões foi de mais de R$ 10 mi, e incluía máquinas de jogos de azar. O valor em itens e produtos apreendidos aumentou 127,83% de 2017 para 2018.
Uma operação de monitoramento e vigilância está em curso, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, e acompanhamento do Ministério Público Federal. O trabalho tem objetivo principal de combater o contrabando e o tráfico de drogas.
Em 2019, ainda não foram realizadas apreensões nos portos do Mucuripe e Pecém, segundo a Receita.
“Do ponto de vista da Receita Federal do Brasil, esse resultado parcial aponta pra um nível importante de segurança nos procedimentos aduaneiros de vigilância,” disse o superintendente da Receita Federal da 3ª Região, João Batista Barros.
O trabalho das equipes também inclui verificar os riscos das cargas declaradas e conteúdo físico, com uso de cães farejadores, e monitorar entrada e saída de pessoas e veículos credenciados.
Tráfico de drogas
Perguntado se o contexto dos ataques criminosos no Ceará no último mês, e a possibilidade de os portos cearenses serem usados como rota do crime para o tráfico de drogas, motivou a intensificação da vigilância, João Batista Barros destacou o momento como oportuno para uma articulação institucional.
“Essa motivação é sobretudo de articulação institucional, nós não temos histórico de apreensão de drogas nos portos cearenses, praticamos uma fiscalização intensa, pelo tamanho do nosso porto, até mais intensa do que outras unidades da federação. Temos uma vigilância a repressão bastante atuantes. Não há nada que sustente qualquer afirmação de que os portos do Ceará são uma rota preferencial ou a rota boa para o tráfico internacional de drogas e entorpecentes”, disse.
Segundo o superintendente, “não há registro em nenhum porto do mundo de droga chegando ou saindo dos portos cearenses”. “Pelo menos nos últimos oito anos não temos esse registro”, reforçou.
Fonte: G1 CE