Engenheiros do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) registraram cinco tremores de terra no Ceará entre domingo (17) e segunda-feira (18). O epicentro foi a aproximadamente 20 quilômetros de Boa Viagem, no Sertão Central do Estado. Esses eventos foram registrados por estações da Rede Sismográfica Brasileira operadas pela UFRN, responsável pelo monitoramento do Ceará.
Segundo os engenheiros, domingo à noite ocorreram dois sismos. O primeiro de magnitude 1,8 por volta das 22h24. A segunda ocorreu às 23h20 de magnitude 2,1 e a terceira registrada já na madrugada de segunda-feira (18), de magnitude 2,4.
Na segunda-feira no período da tarde, foram computados dois eventos. O primeiro evento, de magnitude 2,3, ocorreu às 12h45. O segundo, de magnitude 2,6, às 16h28.
Segundo Francisco Brandão, da Defesa Civil do Ceará, os eventos de domingo à noite foram sentidos também no município de Madalena. Nesta terça-feira, a Defesa Civil faz um levantamento em outros municípios próximos ao possível epicentro.
Histórico de tremor
Em 20 de novembro de 1980, ocorreu um tremor de terra na cidade de Pacajus com magnitude de 5,2. Outros tremores foram registrados no Estado. Houve um de magnitude 4,8, no município de Irauçuba, em 1991. Já no ano de 1997, também ocorreu atividade sísmica de 3,2 dentro do reservatório do Açude Tucunduba, entre os municípios de Senador Sá e Marco.
Outro tremor forte foi sentido em Sobral, em 2009, quando chegou a 4,3 graus. Esse tremor causou rachaduras em estruturas de concreto e derrubou móveis em residências e comércios. O tremor atingiu uma área de 200 quilômetros de raio e chegou a afetar cidades do litoral cearense, como Fortaleza.
E em outubro de 2017, um tremor de terra em Cascavel, de magnitude 3, causou fissuras em prédios, fez casas tremerem e assustou moradores.
Causa dos tremores
Segundo o Laboratório de Sismologia da UFRN, os tremores ocorrem devido a fossas subterrâneas que estão constantemente em atividade sismológica.
As fossas são ligadas ao encontro das placas tectônicas no Oceano Atlântico, que ligam a América do Sul ao continente africano. Os tremores também podem estar relacionados à atividade sismológica das placas tectônicas.
Fonte: G1 CE