O Cinturão das Águas do Ceará (CAC) recebeu um novo aporte do Governo Federal no valor de R$ 25 milhões. A previsão é que até o fim deste ano, mais R$ 15 milhões sejam liberados para a obra, que é estruturante e complementar ao Projeto de Integração do Rio São Francisco – Transposição.
O recurso foi repassado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para assegurar a execução dos serviços no maior empreendimento hídrico do Estado. Ao todo, já foram destinados R$ 77,1 milhões ao CAC em 2019.
“Esse valor já estava previsto desde a última visita do ministro do Desenvolvimento Regional – Gustavo Canuto – em agosto. Na época, faltavam R$ 40 milhões e agora com essa liberação faltam mais R$ 15 milhões. A previsão é liberar até o fim do ano que é para justamente chegar no Km 53 que é para as águas da Transposição correrem pelo CAC e irem em direção ao Rio Salgado e ao Castanhão. Tranquilamente, esse valor será liberado até o próximo mês”, acrescenta Heitor Studart, presidente da Câmara Setorial de Logística (CSLog).
Ainda de acordo com Studart, há obras que precisam continuar, que são as obras complementares.
Principal estrutura que permitirá a entrega de água ao Estado a partir do Eixo Norte do Projeto do São Francisco, o Cinturão é executado pelo Governo Estadual com recursos da União. Atualmente está pactuada a construção do Trecho I, com extensão de 145,2 km e 64% dos serviços concluídos.
O trecho prioritário de quase 58 km que levará as águas do Eixo Norte à Bacia do Rio Jaguaribe já está pronto. A expectativa é que, no primeiro trimestre do próximo ano, a água esteja disponível no Reservatório Jati para o Cinturão das Águas do Ceará, beneficiando os municípios abastecidos pelo Rio Jaguaribe e a Região Metropolitana de Fortaleza – cerca de 4,5 milhões de pessoas.
Com três trechos e seis ramais ao todo, as obras do CAC se arrastam desde 2013 e já custaram aos cofres públicos mais de R$ 1,2 bilhão. O trecho 1 está dividido em cinco lotes, sendo quatro subtrechos com canais e o quinto com túneis e canais segmentados nos lotes 2,3 e 4.
(Diário do Nordeste)