A estudante de Psicologia Iasmyne Andrade descobriu em 2016, aos 23 anos, que tinha câncer nos ovários. A surpresa foi inevitável: exames ginecológicos estavam em dia e a doença, por si só considerada rara, geralmente se desenvolve depois da menopausa. Após duas reaparições da doença e três cirurgias, o câncer foi considerado crônico pela equipe que a atende no Instituto do Câncer do Ceará (ICC). Existe sempre a possibilidade de os tumores retornarem, mas há também a esperança de encontrar formas que controlem o quadro e proporcionem qualidade de vida até a cura.
Hoje, a cearense está na metade da terceira bateria de quimioterapia, para retardar a doença e buscar tratamentos alternativos. Uma campanha de arrecadação foi criada pela família e amigos de Iasmyne a fim de obter ajuda financeira para arcar com os custos de viagens, consultas e tratamentos.
Descoberta
O câncer já estava em fase de metástase quando foi descoberto, ou seja, já estava espalhado pelo corpo, além do local de origem. O peritônio, membrana que reveste os órgãos internos do abdômen, foi o local afetado. A acadêmica de Psicologia contou que a descoberta inesperada se deu durante uma cirurgia emergencial de apendicite.
Os exames ginecológicos estavam em dia e nada tinha sido identificado nas imagens. “Quando o cirurgião começou o procedimento, ele notou um tumor na proximidade externa do meu intestino e já o retirou para primeiras análises”. Enquanto Iasmyne estava internada, foi descoberta a origem do edema. “É como se a origem fosse celular, não gerasse tumores visíveis no ovário, mas já produzia metástase no peritônio”.
Tratamentos
O câncer de ovário é mais comum em mulheres com mais de 60 anos e o procedimento comum é a histerectomia total – retirada do útero e dos dois ovários. A jovem se viu diante da escolha entre o procedimento radical ou a espera para identificar se apenas um dos ovários fora a origem e retirar apenas este, tendo ainda a possibilidade de ter filhos biológicos. “Como eu não queria viver com medo, ainda mais sabendo o quão silencioso esse câncer foi, optei por fazer a histerectomia total. Caso escolhesse ter filhos, eles viriam do coração, por meio da adoção”. Após a retirada dos órgãos, sessões de quimioterapia levaram à remissão completa.
Após um ano, foram descobertos novos tumores, retirados em uma cirurgia de 15 horas de duração. O cirurgião conseguiu autorização com o plano de saúde para fazer um procedimento chamado Hypec, uma quimioterapia aplicada diretamente no abdômen ainda aberto. Após seis sessões de quimioterapia, Iasmyne foi novamente considerada livre de tumores. Hora de voltar, mais uma vez, às atividades do cotidiano – sem deixar de lado os exames de rotina.
Até que, em setembro deste ano, exames de imagem indicaram que os tumores estavam surgindo novamente. “Cirurgia não é uma boa ideia porque já fiz muitos procedimentos e seria arriscado fazer mais um. Além disso, todas as quimioterapia só estavam atrasando a doença, nunca me curando, já que meu caso é crônico”, explica. Ela conta que, com ajuda do namorado, está buscando tratamento alternativos e uma cura em todo o País e também no exterior.
Campanha
Diante dos altos custos que devem surgir, o pai de Iasmyne iniciou uma campanha online para arrecadação de recursos. A jovem explica que precisou se afastar do trabalho e da faculdade por conta dos tratamentos. “Resisti muito tempo à campanhas como essa que estamos fazendo, porque não gostaria de uma exposição dessa forma. Sempre achei que estava tudo sob controle e que cada novo tratamento era o último a ser feito. Porém, chegamos a um ponto onde precisei entender que meu caso é realmente grave e o pior: crônico. Ou seja, tem uma tendência a sempre retornar.”
Iasmyne afirma que tem conseguido reunir forças e energias para resistir à doença. Ela acredita piamente que encontrará uma solução e que tem muito a viver. “Graças a Deus me sinto privilegiada e sortuda: tive acesso ao melhor tratamento que eu poderia ter, o privilégio de ter um plano de saúde e conforto. Além disso, nunca faltou apoio da família, amigos e de muitos desconhecidos cheios de amor que me ajudam com mais que recursos financeiros, mas com torcida, fé, esperança e amor por mim”.
Formas de ajudar Iasmyne
1- Doação em contas bancárias
Banco do Brasil
Agência: 3655-2
Conta corrente: 058923-3
Iasmyne Andrade de Szasz
Itaú
Agência: 7412
Conta corrente: 41760-7
Iasmyne Andrade de Szasz
Caixa Econômica
Agência: 0926
Conta corrente: 2673-8
Operação 001
Roderic Terence Gonçalves de Szasz
Bradesco
Agência: 2194
Conta corrente: 22923-7
Roderic Terence Gonçalves de Szasz
Para informações de CPF, entrar em contato pelo Instagram de Iasmyne
2 – Compra do livro Máximas Roderiquianas
O livro é escrito pelo pai de Iasmyne e é possível comprar na revistaria Reboot, da Avenida 13 de Maio; na Livraria do Pitombeira, do Colégio Juvenal de Carvalho; com a Editora Karuá ou por meio do contato com o escritor.
3 – Vaquinha virtual
Pelo link do site Vakinha, é possível contribuir. Confirma o link para a doação AQUI.
(O Povo)