Mais de 10 toneladas de óleo já foram retiradas de uma extensão de 5 km da Praia do Cumbuco, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), de acordo com a prefeitura do município. As manchas que atingem as praias do Nordeste desde agosto voltaram a aparecer no litoral do município na terça-feira (5).

De acordo com Assis Medeiros, titular da Secretaria de Patrimônio, Serviços Públicos e Transporte de Caucaia (SPSPTrans), apurações iniciais indicam que pelo menos 15 km da orla na cidade estão poluídos pelo óleo. Na noite de quarta-feira (6), a Prefeitura de Caucaia decretou situação de emergência.

Nesta quinta-feira (7), Assis e outros membros do Comitê de Limpeza da Orla de Caucaia, composto por órgãos municipais, Marinha do Brasil e Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), devem percorrer toda a orla do município “para mapear a situação”. O comitê também se reunirá para avaliar o panorama com o trade turístico.

“Há suspeita de que (as manchas de óleo) tenham chegado à Barra do Cauípe, mas nos últimos dois dias focamos no Cumbuco. Hoje, vamos verificar o restante”, declara.

300 pessoas estão envolvidas, aproximadamente, na operação de limpeza em Caucaia, diz a Prefeitura. São mais de 100 agentes da Marinha, além de Sema e Pastas do município.
O titular da SPSPTrans afirma que as 10 toneladas removidas foram depositadas em caminhões da Marinha do Brasil, instituição responsável por dar a destinação correta à substância, que é tóxica. A Prefeitura de Caucaia não soube informar para onde o óleo está sendo levado.

Danos ambientais
O boletim mais recente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), divulgado terça-feira (5), registra que 22 localidades no Ceará já foram afetadas pelo material, desde o início de setembro.

No mesmo período, 44 tartarugas foram encontradas mortas nas praias cearenses; 11 delas tinham vestígios de óleo. A mais recente foi localizada na terça-feira (5), na Praia do Cumbuco.

Seis equipes da Marinha percorrem os 573 km do litoral cearense, diariamente, três vezes por dia, de acordo com a Capitania dos Portos do Estado. As manchas de óleo, identificadas como petróleo cru, surgiram no litoral nordestino no fim de agosto. O Governo Federal investiga a origem do material para punir os responsáveis. Um navio grego é suspeito de ter provocado o vazamento da substância no mar.

(G1 CE)

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