A sul-africana Zozibini Tunzi chamou atenção do júri da 68ª edição do Miss Universo, composto apenas por mulheres, em seu último discurso antes de ser coroada no final da noite desse domingo, 08, em Atlanta nos Estados Unidos.
Ao ser questionada pelo apresentador Steven Harvey, a relações-públicas disse que gostaria de ver a sua beleza inspirando as novas gerações de meninas. “Eu cresci em um mundo em que uma mulher com a minha pele, a minha aparência e o meu cabelo não era considerada bonita. Isso acaba hoje. Quero que as crianças enxerguem o reflexo dos seus rostos no meu”, disse.
Zozibini Tunzi desbancou outras 89 candidatas e se tornou a Miss Universo 2019. Ela, que tem 26 anos e é ativista, é a primeira negra a ganhar a coroa desde a vitória de Leila Lopes, de Angola, em 2011. Madison Anderson, de Porto Rico, e Sofía Aragón, do México, ficaram em segundo e terceiro lugar respectivamente.
A nova Miss Universo também falou sobre a questão ambiental, na fase de perguntas e respostas. “Acho que os líderes do futuro podem fazer mais, mas acho que nós como indivíduos também podemos fazer mais. Desde a sexta série eu aprendo que o nosso planeta está morrendo. Depende de nós mantermos a nossa segurança. Vemos crianças protestando e nós, adultos, podemos cooperar”, afirmou.
Para conquistar a coroa, Zozibini Tunzi passou por uma seleção preliminar onde desfilou de biquíni, traje típico, traje de gala e traje fashion. No concurso desta noite, ela desfilou novamente de roupa de banho, de roupa de noite e apostou em um vestido de gala totalmente diferente – surpreendendo os jurados.
Miss Brasil fica entre as 20 melhores
Júlia Horta, representante brasileira, passou a seleção preliminar que selecionou as 20 melhores candidatas da noite, mas acabou sendo eliminada no corte para o top 10. Ela apostou um traje típico que homenageou o futebol feminino, em especial a jogadora Marta Silva, e aproveitou o desfile para protestar contra a violência de gênero.
Em seu discurso deste domingo, 8, a jornalista também falou sobre feminismo. “Como Miss Brasil e mulher, eu tenho obrigação de lutar pelos direitos humanos e contra o abuso e a violência contra a mulher. Graças às feministas do passado, hoje eu tenho muitos direitos e eu prometo lutar pelas próximas gerações”, disse.
(Entretenimento Band)