Em meio à crise econômica causada pela pandemia de coronavírus, o poder público vai buscando alternativas para pessoas de baixa renda. A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza, por exemplo, anuncia que vai conceder um cartão de proteção social, no valor de R$ 200, para autônomos de baixa renda poderem comprar alimentação no comércio do município. Cerca de 500 famílias serão beneficiadas, segundo a Prefeitura. O custo será de R$ 100 mil.
A medida foi anunciada pelo prefeito da cidade, Cláudio Pinho (PDT), e valerá enquanto durarem as medidas de isolamento social adotadas pelo Estado. O benefício, segundo o gestor, está previsto para ser concedido a partir de abril. “Uma situação difícil. Temos que garantir ao menos que as pessoas possam comer”, disse.
O benefício, segundo ele, irá beneficiar pessoas como feirantes, ambulantes, recicladores e demais trabalhadores autônomos cadastrados na Secretaria de Empreendedorismo da cidade. O ‘cartão de proteção social mais’ será entregue pela secretaria para os trabalhadores registrados. O prefeito ressaltou que o benefício não substitui o ‘cartão de proteção social’ já concedido. É um extra.
“Dentro do cartão de proteção social estamos lançando o ‘cartão de proteção social mais’. Neste momento de crise, [será beneficiado] o trabalhador que está em dificuldade e precisa de uma ajuda do poder público”, argumentou.
São Gonçalo do Amarante é o município que abriga o Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
O cartão poderá ser utilizado apenas para comprar itens alimentícios em comércios da cidade cadastrados na Prefeitura. Conforme Cláudio Pinho, o fluxo de dinheiro irá ajudar tanto as famílias que precisam como irá movimentar o comércio dentro do município.
Câmara Municipal
A medida, segundo aliados do prefeito, não precisa passar pela Câmara Municipal porque o cartão de proteção social já é concedido desde 2015, quando a proposta foi aprovada pelo Legislativo Municipal.
O Governo do Ceará estuda a possibilidade de utilizar leitos de hotéis para abrigar pessoas que se enquadram nos grupos de risco de contração do novo coronavírus. A informação foi dada pelo secretário estadual da Saúde, Carlos Roberto Martins, o Dr. Cabeto, em entrevista ao G1.
“Estamos em discussão com o governador (Camilo Santana, PT), o presidente da Associação dos Hotéis, para que a gente proteja as populações de mais alta fragilidade. Isso é uma discussão polêmica, tem questões éticas, sociais, mas já estamos discutindo há uma semana”, pontuou Dr. Cabeto.
Segundo ele, a medida teria efeito sobre pessoas como grávidas com gestação de risco, idosos mais fragilizados que moram em residências onde não é possível manter um isolamento adequado.
(G1 CE)