O estado do Ceará perdeu 25,6 mil empregos formais entre janeiro e abril deste ano. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, o Estado possui o nono pior saldo de vagas do Brasil e o quarto do Nordeste.

Nos quatro primeiros meses do ano foram contratadas 116,6 mil trabalhadores no Estado, enquanto outros 142,2 mil foram demitidos, gerando o saldo negativo.

Somente em abril, foram 12,4 mil admissões contra 42,2 mil desligamentos, totalizando resultado ainda pior que o acumulado do ano, com 29,8 mil empregos formais encerrados.

No Nordeste, Alagoas (-26,9 mil), Bahia (-37,5 mil) e Pernambuco (-53,5 mil) tiveram perdas mais expressivas que a cearenses entre janeiro e abril.

Brasil
O mercado de trabalho brasileiro fechou 763,2 mil empregos com carteira assinada de janeiro a abril, de acordo com o Caged. O saldo acumulado no ano é resultado de 4,9 milhões de admissões e 5,7 milhões de demissões.

Primeiro mês totalmente afetado pela pandemia do coronavírus, abril registrou o fechamento de 860,5 mil vagas. Foram 598,5 mil contratações e 1,4 milhão de desligamentos no período.

MP 936
O levantamento ainda trouxe dados sobre empregos preservados durante a pandemia através do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, que permite a redução proporcional de jornada e salário dos trabalhadores ou suspensão de contratos.

Até esta terça-feira (26), mais de 277,8 mil empregos no Ceará foram afetados pela medida. O Estado é o segundo no Nordeste no balanço, atrás apenas da Bahia, que tem mais de 300 mil empregados enquadrados no regime. São Paulo é a unidade da federação que mais tem utilizado a possibilidade (2,1 milhões).

Em todo o Brasil, já são mais de 8 milhões de trabalhadores com jornada e salários reduzidos ou contratos suspensos. Também foram beneficiadas 1,2 milhão de empresas. Boa parte dos acordos é para suspensão total dos contratos, sendo 54,4% – ou 4,4 milhões – dos afetados.

Entre os setores produtivos, o de Serviços é o que mais tem aderido à MP 936, tendo colocado 3,14 milhões de seus empregados em todo o Brasil nesse regime. Em seguida, aparecem Comércio (2 milhões) e Industria (1,8 milhões).

(Diário do Nordeste)

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