Ainda não há data definida para o retorno às aulas presenciais da educação básica no Ceará, mas instituições como as secretarias de educação estadual e municipais e o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe) já traçam diretrizes com orientações práticas para a retomada das atividades nas escolas.

Esta semana, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) lançou um guia com novos procedimentos sanitários e pedagógicos. No documento, produzido, dentre outros, por técnicos de secretarias da Educação de 13 estados brasileiros, incluindo a do Ceará, definiram que a reabertura das escolas deve considerar três fatores: infraestrutura e recursos, continuidade da aprendizagem e capacidade de análise da crise sanitária.

Diante do ambiente transformado pela pandemia do novo coronavírus, as escolas, com distintas estruturas, deverão definir como será feito o distanciamento social, higienização dos espaços, realocação dos funcionários no grupo de risco, além da reposição de aulas nos contra turnos e aos sábados.

Nas escolas da rede estadual, a Secretaria da Educação (Seduc) explica em nota que ainda está em fase de planejamento como será o procedimento adotado. “Para isso, está ouvindo todas as pessoas e instituições envolvidas no processo para uma retomada coerente e segura, respeitando as normas sanitárias orientadas pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará”.

Experiências e protocolos adotados por outros estados e compartilhados por meio do Consed também devem ser levados em conta no Estado.

Na cartilha, o Consed orienta a criação de um comitê com especialistas das áreas da Educação, Saúde e Assistência Social para avaliar o cenário das instituições de ensino. Além disso, o grupo indica a realização do levantamento dos funcionários do grupo de risco à Covid-19, como idosos e com doenças crônicas, para o trabalho remoto.

A presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe), Andréa Nogueira, diz que a experiência do retorno das atividades dos primeiros setores autorizados no Ceará ajudam a analisar o cenário das escolas privadas. Com as aulas e exercícios virtuais, os estudantes conseguem dar continuidade ao planejamento acadêmico, mas pode ser necessário realizar ajustes na volta às atividades in loco.

Segundo ela, o Sinepe ainda aguarda uma posição do Governo do Estado para saber qual órgão irá fiscalizar a efetividade das orientações nas escolas. Os procedimentos serão encaminhados aos pais por meio dos sites e redes sociais, segundo a presidente do Sindicato.

Ajustes
Dentre os ajustes nas escolas, há implantação de rotas de sinalização no chão, distanciamento entre pessoas em torno de 1,5m a 2m, revezamento no horário de entrada, de saída e nos recreios, bem como a desativação dos bebedouros.

Além dos procedimentos para evitar a propagação do coronavírus, os professores e demais profissionais enquadrados no grupo de risco da doença devem receber atenção especial. “A escola oferecerá opção a esses funcionário como, por exemplo, o teletrabalho ou modificará as responsabilidades, encaminhando para os trabalhos que limitam o risco de exposição”, explica a representante.

Os estudantes e funcionários das escolas particulares diagnosticados com a infecção pelo novo coronavírus devem ser registrados pelas instituições para que seja feita notificação aos órgãos de saúde.

(G1 CE)


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