A Caixa Econômica Federal está vendendo 750 imóveis em todo o Ceará, num montante de R$ 187,4 milhões. Os imóveis em leilão foram adjudicados, ou seja, foram retomados porque o financiamento não foi pago.

O comprador perde o imóvel se atrasar três parcelas do financiamento. De acordo com Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), a retomada do imóvel acontece somente após a segunda oferta do imóvel à praça, sem que a compra seja efetuada por terceiros.

O prazo para cadastramento termina nesta quinta-feira (10) e é todo feito online no site da Caixa.

Todo o processo é feito de forma virtual. “A venda dos imóveis adjudicados é bem transparente. É mais um nicho de mercado para os corretores de imóveis. Os descontos chegam a 80% do valor real do imóvel, além de condições diferenciadas, como financiamento de até 95% do valor do imóvel”, revela a corretora de imóveis Bia Pontes, coordenadora do Convênio Cofeci-Caixa.

“Os imóveis da Caixa são juridicamente perfeitos, com toda a documentação em ordem. A Caixa também assume os débitos de condomínio e impostos, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU)”. E no caso de imóveis ocupados, “o novo comprador vai estar ciente de que o imóvel está em estado de uso e ocupação e que ele terá que arcar com as custas do processo, muitas vezes, judicial.”

Mas a corretora não acredita que a ocupação do imóvel seja impedimento para a venda. “A desocupação não é uma objeção, pois o perfil do comprador é a aquisição para investimento: uma oportunidade de comprar imóveis de qualidade a um preço abaixo do valor de mercado.”

Riscos e oportunidades

Para o economista Lauro Chaves, Conselheiro Federal do Cofecon, é na crise que se encontram as melhores oportunidades de investimentos.

“Nós estamos tendo em 2020 excelentes opções de investimentos, com preços muito convidativos para quem tem liquidez e não tem pressa para o retorno. E o mercado imobiliário está sendo impactado positivamente tanto pela queda na taxa de juros no mercado financeiro como pelas linhas de crédito específicas que foram criadas e que estão bastante atrativas”.

Mas como em qualquer negócio, o investidor precisa se cercar de certos cuidados. “Os imóveis que vão a leilão exigem que o comprador seja assessorado por especialistas, tanto para visitar os imóveis e fazer uma avaliação correta, como na área jurídica para verificar os aspectos referentes à documentação dos imóveis que venham a ser adquiridos”, alerta Chaves.

Um cuidado importante ao comprar um imóvel adjudicado é em relação à desocupação dele. É praxe os bancos transferirem ao novo proprietário a tarefa de desocupar o imóvel ainda ocupado pelo antigo proprietário o que, em muitos casos, é necessário recorrer ao Poder Judiciário. Assim, os especialistas recomendam que o comprador tenha uma reserva em dinheiro para cobrir as questões judiciais, caso elas se façam necessárias.

(G1 CE)


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