A empresa Eco V Monitoramento Ambiental entre os anos de 2017 e 2020 faturou R$ 19,4 milhões na coleta de lixo dos municípios de Pacajus (R$ 13,5 milhões) e Paraipaba (R$ 5,9 milhões). Apesar de movimentar montante milionário, o empreendimento funciona em um Coworking — uma espécie de empresa virtual na rua Barbosa de Freitas, 1741, em Fortaleza.
E tem mais coisa estranha nessa transação. O único dono da Eco V Ambiental é Amadeu Feitosa Filho — segundo mostra documento do 19ª aditivo da Junta Comercial. O jovem tem apenas 22 anos, é morador do Conjunto São Miguel, na BR-222, em Caucaia, e desembolsou R$ 2,9 milhões para comandar o empreendimento.
A Eco V faturou R$ 19,4 milhões em quatro anos em Pacajus e Paraipaba. Como explicar uma empresa de lixo funcionar virtualmente e ter como sócio único um cidadão de 22 anos. Seria um laranja?
Em tempo I
A Eco V ainda teve uma filial que, mesmo fechada, é suspeita de dar notas frias e faturar R$ 7,2 milhões em Pacajus.
Em tempo II
O secretario de Finanças de Pacajus, João Eudes, disse à TV União que a administração Bruno Figueiredo pagou por dois anos e alguns meses a uma empresa fantasma para fazer limpeza pública de Pacajus por “atecnia”.
Em tempo III
Em Pacajus, depois que começou a repercutir o caso da Eco V, tem quem diga que a primeira-dama Eveline Figueiredo desafiou o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) a investigar esse contrato do lixo.