Dados do portal hidrológico, gerenciado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) do Ceará, apontam que os reservatórios do estado fecharam o primeiro semestre de 2021 com 29% do seu volume total. O número é inferior a igual período de 2020, cujo volume era de 33,5%.

De acordo com o portal, a capacidade total dos reservatórios cearenses é de 18.526 hm³, contudo, a soma do volume presente em todos chegou a 5.368 hm³, o equivalente a 29%. O Ceará, conforme a Cogerh, dispõe de 155 reservatórios em seu território.

Os mais importantes – e maiores por consequência – são o Banabuiú (na região hidrográfica homônima), o Castanhão (no Médio Jaguaribe) e o Orós (no Alto Jaguaribe). Os volumes atuais de água nesses reservatórios são, respectivamente, 9,73%, 12,28% e 28,56%.

Para o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, como o estado está na faixa de 30%, o cenário é de alerta. No entanto, a situação hidrográfica varia de acordo com a região e a bacia, com uma situação mais confortável nas áreas do litoral e norte, mas com dificuldade na região do Jaguaribe e nos grandes reservatórios.

“No estado do Ceará, temos uma condição diferenciada. Na região Norte e Noroeste, as bacias mais ao litoral, temos uma condição confortável ou muito confortável, e uma preocupação ainda nas sub-bacias do Jaguaribe e nos grandes reservatórios”, explica.

Segundo João Lúcio, porém, esses açudes estão sendo acompanhados com os comitês de bacias a fim de dar a eles uma atenção especial. A recarga distribuída nas 12 regiões hidrográficas, segundo o gestor, foi de 1,690 bilhão de litros de água; a média histórica é de 4 bilhões.

“A recarga é importante, claro, porque tivemos recuperação de algumas bacias, alguns reservatórios importantes para o estado do Ceará, mas ainda estamos numa situação de alerta”, diz o presidente da Cogerh.

Na visão da Companhia, a situação mais crítica é a da bacia do Banabuiú, cujo volume está abaixo de 10%. “Estamos no nosso planejamento discutindo a operação dos reservatórios com o conselho estadual e os comitês de bacia. É uma condição que estamos acompanhando, uma situação que preocupa bastante”, diz.


(G1 CE)


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *