Os professores das redes municipais de Iguatu, Barbalha, Beberibe, Crateús, Independência e Morada Nova decidiram entrar em greve geral. Eles reivindicam o reajuste de 33,24% para o magistério, negado pelos gestores das cidades. O levantamento está divulgado no site da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Fetamce).

Segundo a entidade, os sindicatos defendem que o aumento anual dos professores, que usa como referência o índice de crescimento do custo aluno (33,24% em 2022), deve ser linear, ou seja, com repercussão em toda a carreira do magistério municipal e aplicado em 1º de janeiro.

Confira abaixo a situação nos municípios, de acordo com informações atualizadas da Fetamce:

Barbalha

No município de Barbalha, a greve começou na última sexta-feira (11), após gestão do prefeito Guilherme Saraiva (PDT) reduzir a proposta de reposição da categoria de 33,24% para apenas 11%. A situação revoltou a classe, já que o chefe do executivo anteriormente havia anunciado o benefício pelas redes sociais.

Beberibe

Além de professores, as demais categorias do serviço público de Beberibe também estão em greve. O movimento foi deflagrado no dia sete de março. A decisão ocorreu após a prefeita Michele Queiroz (PL) impor que os educadores tenham somente 7% de reajuste, muito abaixo dos 33,24% estipulados pelos mecanismos da Lei 11.738/2008. Já a oferta para outros trabalhadores do funcionalismo local é de só 5%.

Crateús

Em Crateús, a revolta dos educadores é ainda maior, tendo em vista que o prefeito Marcelo Machado concedeu o reajuste de 33,24% para apenas seis profissionais, que estariam na faixa inicial da tabela vencimental. O Sindicato de Professores do município acrescenta que a real proposta lá é de 5%, aplicada aos demais níveis, que, acompanhada da imposição de lei que acaba com a diferença salarial de 25% entre os níveis de formação, destrói o Plano de Carreiras e Salários do grupo e leva o salário de professores graduados a ficar menor que o piso nacional.

Independência

Os educadores de Independência se juntam ao grupo que cruzou os braços pelo reajuste linear de 33,24%. Em greve desde a última terça-feira, 15 de março, denunciam que a Prefeitura enviou para a Câmara Municipal um projeto de lei que aplica aumento inferior ao índice nacional.

Morada Nova

Em uma das maiores quedas de braços deste ano, profissionais do magistério de Morada Nova aprovaram a realização de greve geral na última segunda-feira (14), após a Prefeitura recuar da intenção de debater saídas financeiras para a implementação do reajuste do magistério de acordo com a Lei Federal. A gestão oferece proposta de somente 6,74% de crescimento salarial, somada a 4% de progressão funcional. O percentual é o menor índice registrado em 2022 no Ceará, muito distante do demandado pela legislação.

Iguatu

Em Iguatu os professores deflagraram paralisação na sexta-feira (11). Na cidade da região Centro-Sul, além de receberem uma proposta muito abaixo do reajuste de 33,24%, agora estão proibidos de se manifestarem após ação da Prefeitura Municipal. Na semana passada o prefeito Ednalvo lavor cancelou a reunião de negociação que havia marcado com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.

(CN7)

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