Um medicamento experimental, em fase de teste, reduziu em mais de um terço o declínio na capacidade de pensar claramente e realizar tarefas diárias em pacientes com Alzheimer. O resultado da fase três dos estudos clínicos da substância, desenvolvida pela farmacêutica Eli Lilly, foi divulgado nesta quarta-feira (3) e pode aumentar a esperança de um tratamento eficaz para a doença.
A companhia anunciou que até o fim de junho deve solicitar a aprovação da nova droga, chamada de Donanemab, à FDA — agência de regulamentação de remédios dos Estados Unidos.
Nos testes, os pesquisadores analisaram participantes de dois grupos, separados pelos níveis de concentração de uma proteína cerebral conhecida como tau — biomarcador preditivo que indica a progressão da doença de Alzheimer.
Nos voluntários com níveis intermediários da proteína, nos quais a doença não progrediu tanto, foram observados uma redução de 35% no declínio cognitivo e funcional, quando comparado aos que receberam placebo. Quando esse grupo foi combinado com o com níveis mais altos de tau, o número foi de 22%.
Os resultados do estudo ainda não foram revisados por pares ou publicados.
Mais da metade de todos os participantes completou o tratamento em 12 meses.