Uma operação apreendeu nesta terça-feira (7) 50 mil máscaras hospitalares que eram vendidas em uma rede de farmácias de Fortaleza por preço abusivo. O valor cobrado era até quase 20 vezes maior que o preço normal, aproveitando-se do momento de pandemia do novo coronavírus, segundo o Ministério Público, que realizou a operação em parceria com a Polícia Civil.
O alvo da Operação Careza era uma rede de farmácia com várias unidades em Fortaleza. A Justiça Estadual determinou o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão nas unidades da empresa na capital cearense.
Além das máscaras hospitalares, os investigadores apreenderam documentos, papéis, anotações, objetos, computadores, aparelhos de telefone celular, smartphones, notebooks, tablets, aparelhos eletrônicos com capacidade de armazenamento, e arquivos em meio magnético ou óptico.
A busca pelo material cresceu bastante desde o avanço da pandemia de coronavírus pelo mundo. No Ceará, um dos estados mais afetados pela doença no Brasil, a escassez de máscaras gerou uma busca pelo item nas farmácias desde o início de março.
O Ceará tem 35 óbitos por Covid-19, doença causada pelo coronavírus, e mais de mil pacientes infectados.
De R$ 10 para R$ 180
Conforme a denúncia recebida pelo Grupo de Trabalho Covid-19, do Ministério Público, a rede de farmácias estaria vendendo uma caixa com 50 máscaras pelo valor de R$ 180; antes da pandemia do novo coronavírus, o preço era de R$ 10.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos por 50 policiais civis, divididos em equipes que compareceram em estabelecimentos comerciais localizados nos bairros Centro, Henrique Jorge, Jockey Clube, Messejana, Papicu e Vila Velha.
Os dados foram levantados pelo MPCE junto da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz). De acordo com o Ministério Público, foi possível comprovar a existência de crimes contra a economia popular. Em caso de condenação, a pena varia de seis meses a dez anos de detenção.
(G1 CE)