Conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), dos 155 reservatórios monitorados pelo órgão, 89 estão com volume abaixo dos 30%.
O mapa mais recente do Monitor de Secas aponta avanço do nível de seca grave no Ceará. Publicado nesta segunda-feira (16), a ferramenta indica que, em outubro, a taxa era de 0,02% e passou para 15,49% em novembro.
As áreas mais atingidas estão a leste da macrorregião Jaguaribana e a oeste do Sertão Central e Inhamuns. Neste nível, os possíveis impactos são perdas de cultura ou pastagens, escassez e restrição de água imposta.
De acordo ainda com monitoramento regular e periódico da situação da estiagem, o Ceará apresentava, no último mês, 91,85% do seu território com algum nível de seca, segundo a classificação do Monitor.
Além da expansão da área com seca grave, houve aumento das secas moderada e fraca. Atualmente, os percentuais são de 53,62% e 22,74%, respectivamente.
Comparativo
Em relação ao mesmo período de 2018, a atual situação do Estado é melhor. Naquela ocasião, o Ceará não apresentava área de seu território livre de seca relativa. Além disso, apresentava 20,68% considerada com seca extrema.
Apesar de não ser a única variável usada para classificar a presença ou não da estiagem, a redução da chuva nesta época do ano acaba contribuindo para o avanço dela. De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), em outubro, a média pluviométrica é de apenas 3,9 milímetros e, neste ano, o acumulado foi de 1,3 mm.
Reserva hídrica
Outro indicativo para a situação crítica do Estado em relação à seca é o atual nível dos açudes. Conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), dos 155 reservatórios monitorados pelo órgão, 89 estão com volume abaixo dos 30%. O Castanhão, por exemplo, está com apenas 3,02% de sua capacidade total.
(Funceme)