Familiares e amigos de Othoniel Sousa Fialho, 15 anos, compareceram na manhã desta quarta-feira (27) ao velório do jovem, que morreu dois dias após ter sido espancado com pauladas e barras de ferro na volta de uma partida de futebol em Fortaleza. O momento aconteceu na Igreja Tabernáculo de Jesus, no Bairro Canindezinho, onde o adolescente congregava.
De acordo com o irmão da vítima, que preferiu não se identificar, por volta de 22h do último domingo (24), Othoniel e três amigos voltavam do jogo Ceará x São Paulo, quando foram abordados e agredidos por um grupo de homens assim que desceram de um ônibus. O grupo trajava camisas de torcida organizada rival. A agressão ocorreu no Bairro Siqueira. Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), nenhum suspeito foi preso até o momento. As investigação estão sendo conduzidas pelo 32º Distrito Policial (DP).
O jovem é lembrado com carinho por quem o conhecia. Em entrevista ao G1, a amiga dele, que terá a identidade preservada, afirmou que Othoniel era “um garoto maravilhoso”. “Ele fazia de tudo para você sorrir e como torcedor era muito apaixonado e tranquilo. Foi uma pessoa muito especial que nunca foi de brigar, ele sempre foi pro jogo e voltou para casa bem, nunca esteve envolvido em confusão”, comenta a jovem.
Doação de órgãos
Othoniel teve traumatismo craniano e passou dois dias internados no Instituto Dr. José Frota (IJF) até seu quadro de saúde se complicar e ele vir a óbito. O irmão do jovem afirmou que os familiares autorizaram a doação dos órgãos do adolescente.
Aulas canceladas
A Escola de Ensino Fundamental e Médio Santo Amaro, localizada no Bairro Bom Jardim, cancelou as aulas desta quarta-feira (27) e declarou lutou oficial pela morte de Othoniel. Ele era estudante da instituição. Na terça-feira (26), quando o colégio soube do falecimento, encerrou as atividades mais cedo.
Aluno da escola e amigos do adolescente relatam terem recebido a notícia com muita tristeza. “Ele era uma pessoa muito próxima de mim tanto na escola, no time que a gente jogava, quanto fora do colégio. A gente sempre ia e voltava do estádio juntos. Eu fiquei muito abalado porque nesse dia eu não fui com ele para esse jogo. Quando cheguei em casa, recebi a notícia que tinha acontecido isso. A maior tristeza é que foi uma covardia que fizeram com meu amigo, ele era uma criança”, desabafa um estudante.
(G1 CE)