A incidência da dengue no Estado do Ceará permanece alta em 2019. Entre os meses de janeiro e outubro, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) confirmou 14.135 casos do doença. O total é mais que o triplo do registrado em igual período do ano passado, quando foram apenas 3.720 registros. Os dados são do último boletim epidemiológico.

O dado oficial mais atualizado, até a publicação desta reportagem, indicava 135 casos de dengue com sinais de alarme (DCSA) confirmados em 25 municípios. Dos 16 casos graves registrados, 13 evoluíram para óbito, 18% a mais que em 2018, quando 11 pessoas morreram vítimas da doença.

A maioria dos casos, 41,6%, atingiu as faixas etárias de 20 a 39 anos de idade. Do total de registros, 56,2% das vítimas foram mulheres. 

O aumento de casos entre os anos pode estar relacionado à reintrodução pontual da dengue tipo 2 em algumas localidades, segundo destaca a Supervisora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Sarah Mendes. Ainda assim, ela explica que a circulação viral no Estado permanece baixa.

“Considerando que o Ceará viveu sete grandes epidemias, o cenário está confortável e a circulação do sorotipo 2 não está generalizada. Não é motivo de preocupação ainda”, afirma.

Conforme acrescenta, os municípios cearenses que apresentaram cenários epidêmicos são visitados pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica e pelas equipes de controle do mosquito Aedes aegypti para o trabalho de prevenção.

Arboviroses
Outras arboviroses transmitidas pelo Aedes apresentaram queda na incidência em 2019. De acordo com o boletim, o número de casos de Chikungunya caiu 27%, passando de 1.348 nos dez primeiros meses de 2018 para 984 neste ano. Em relação ao vírus Zika, foram observados 36 casos em 2018 e 22 neste ano, redução de 38%.

(G1)

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