Os advogados de defesa do sócio da OAS, Léo Pinheiro, entregaram à Justiça Federal do Paraná documentos que servirão de provas para tentar comprovar que o ex-presidente #Lula realmente foi beneficiado com a reforma do apartamento tríplex em Guarujá, São Paulo.
Entre os documentos entregues para o Ministério Público estão os registros de dois carros em nome do Instituto Lula que, no ano de 2011 e 2013, passaram pelos pedágios a caminho do Guarujá. No entanto, não existe um documento específico que comprove que o destino de Lula era o apartamento.
De acordo com o Jornal ‘O Globo’ também foram entregues à Justiça, registros de ligações telefônicas feitas em 2012 entre Léo Pinheiro e pessoas que mantinham relação com Lula, entre essas pessoas estão Clara Ant, Paulo Okamotto, José de Filippi Jr, e o segurança Valdir Moraes da Silva.
Também foram entregues arquivos de e-mails anexos que mostram em detalhes a agenda de Lula, na qual aparecem descritos os dias de encontro entre Léo Pinheiro e Lula, além de mensagens deixadas à secretária que trabalhava no Instituto Lula, dizendo que o empresário gostaria de falar com o petista.
Pedido de destruição de provas
Na semana passada, Léo Pinheiro já havia feito acusações de que Lula realmente era o proprietário do apartamento situado no condomínio Solaris e que inclusive as reformas no apartamento seriam financiadas pela OAS com o aval do ex-presidente e de sua mulher Marisa Letícia.
O empresário também afirmou que em 2014, o ex-presidente tinha dado uma ordem a ele para que destruísse todos os documentos que comprovassem que ele era o proprietário do apartamento e de que ele mantinha contato com a empreiteira OAS.
Réus
Léo Pinheiro e Lula se tornaram réus na Justiça no ano de 2016. A acusação que pesa sobre eles, feita pelo juiz Sérgio Moro é a de que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em propinas da OAS em contratos com a Petrobras e teria utilizado esse dinheiro para financiar reformas no apartamento tríplex em Guarujá.
Defesa de Lula
Em nota, o advogado do ex-presidente petista, Cristiano Zanin Martins, afirmou que todos os documentos não comprovam, de forma nenhuma, as afirmações feitas por Léo Pinheiro. Zanin classificou a acusação como uma “versão negociada para agradar” aos procuradores para tentar destravar seu acordo de delação premiada.
Léo Pinheiro ainda fechou acordo de delação premiada e está em processo de negociação com o Ministério Publico Federal.
Fonte: MassapeCeara