O Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) informou à TV Anhanguera, neste sábado (15), que o médium João de Deus, procurado pela polícia suspeito de abuso sexual durante tratamentos espirituais, pode ter tentado ocultar o patrimônio. Conforme a promotora Gabriella de Queiróz Clementino, o órgão investiga, sob sigilo, supostas tentativas de esconder valores logo após as primeiras mulheres começarem a denunciar o líder religioso.
Segundo apurou “O Globo”, o líder religioso teria retirado R$ 35 milhões de contas e aplicações financeiras desde que as primeiras denúncias de abuso sexual vieram à tona.
“A gente já tem informações de que há providências do investigado buscando ocultar patrimônio. Este fato está sendo apurado e todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas pelo MP-GO. Este viés de investigação ainda não foi aprofundado pelo MP, nosso foco agora são as vítimas e dizer para elas que todas elas terão retorno das autoridades, nenhuma delas ficará sem os cuidados das autoridades”, afirmou a investigadora.
O G1 tentou contato com o advogado de João de Deus, Alberto Toron, para tratar do assunto, mas as ligações não foram atendidas até a última atualização desta reportagem.
A Justiça decretou a prisão preventiva de João de Deus na sexta-feira (14), após mais de 300 denúncias de abuso sexual feitas por mulheres que o procuraram para receber atendimento. O médium sempre negou as acusações.
A força-tarefa do Ministério Público divulgou que já recebeu 335 mensagens e contatos por telefones de mulheres que denunciam o médium por abuso sexual. Os relatos chegaram de pessoas de seis países diferentes, além de 13 estados do Brasil e o Distrito Federal.
Fonte: G1