O secretário nacional de Segurança Pública, General Guilherme Theophilo, afirmou nesta terça-feira (5) que a Força Nacional deve começar a retirar os agentes no Ceará nesta semana. Ao todo, 420 agentes e 93 viaturas estão no Estado há um mês para combater a onda de ataques de facções criminosas. As informações são do SBT.
O prazo de permanência da Força Nacional no Ceará terminou na segunda-feira (4). O governador Camilo Santana (PT) pediu ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, que os agentes continuem no Ceará por mais tempo.
No entanto, segundo Theophilo, a retirada total dos agentes deve acontecer em até dois meses, mas a estratégia de retirada pode mudar caso haja novas ocorrências de terrorismo no Ceará.
Apesar da saída, outros 100 agentes penitenciários continuarão em exercício até que todos os líderes de facções sejam transferidos de cadeias para penitenciárias federais. As diárias e hospedagem desses agentes penitenciários serão custeadas pelo Governo Federal até a finalização das transferências.
O secretário não soube informar quantos criminosos já foram transferidos, mas disse que em torno de 90 cadeias cearenses já transferiram presos.
O secretário acredita que o crime organizado não voltará a atuar no Ceará, pois armamentos e tecnologias da Força Nacional ficarão com o governo estadual, além de o governador ter solicitado a atuação de militares da reserva.
Procurada pela TV Jangadeiro, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não confirmou a informação.
Onda de terror
Desde a noite do último dia 2 de janeiro, facções criminosas comandam uma onda de ataques por todo o Ceará, com ações contra ônibus e vans do transporte público, prédios e equipamentos públicos e privados. Até as 9h desta terça-feira (5), o Sistema Jangadeiro contabiliza 283 ataques em 56 dos 184 municípios do estado, sendo 133 em Fortaleza, a cidade que concentra a maior parte das ações criminosas.
Segundo a SSPDS, aumentou para 466 o número de pessoas presas ou apreendidas por participação nos atos criminosos. O balanço corresponde às capturas até as 7h da última quinta-feira (31). O órgão não está informando a contabilização dos números de ataques.