O alimento padrão ouro. É com essa frase que a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o leite materno e por isso este mês recebe a cor dourada para conscientizar sobre a importância das mães iniciarem a amamentação primeira hora após o parto e seguir alimentando seus filhos exclusivamente dessa forma por seis meses. A recomendação é um desafio em tempos modernos, especialmente quando a chega a hora de conciliar o trabalho com o aleitamento. 

A médica pediatra e presidente da Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Catarinense de Pediatria, Maria Beatriz Reinert explica que essa situação é muito comum atualmente e ressalta que se é uma ótima opção para o bebê que não tem perda de qualidade alimentar e absorção de nutrientes com o ato. Porém ressalta alguns cuidados com o procedimento. 

— É importante que a mulher ao fazer a coleta do leite use um frasco de vidro com boca tampa plásticas, boca larga e anote na tampa a data  a hora da coleta e após congele o frasco armazenado no freezer. O leite dura doze horas na geladeira e quinze dias no congelador. — explica Maria 

A médica pontua que até 75% dos nutrientes de cada refeição que o bebê faz são destinados ao desenvolvimento do cérebro. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a amamentação de todos os bebês nos primeiros dois anos pode salvar a vida de mais de 820 mil crianças com menos de cinco anos todos os anos. O órgão também pontua que o ato melhora o QI, o desempenho e a frequência escolar, além de estar associada a rendas mais altas na vida adulta, além de também reduzir o risco de câncer de mama nas mães.  

—É importante desmistificar algumas crenças. O leite materno nunca é fraco. Nos primeiros dias a produção de leite pode parecer pouca mas é suficiente para atender as necessidades do recém – nascido, possui alto valor nutritivo e anticorpos que protegem as crianças contra infecções — ressalta a médica 

A pediatra ressalta que o tema é fundamental a participação ativa dos pais no processo de amamentação, muitas vezes carregado e angústias e desafios para a mulher. 

— Os pais podem ser uma influência positiva ou negativa por isso é fundamental que eles sejam participantes ativos —  comenta a médica

Atualmente, apenas 38% dos bebês são alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses na região das Américas e só 32% continuam amamentando até os 24 meses, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A meta da OMS é chegar 50% de amamentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida até 2025. No Brasil, o Agosto Dourado foi instituído pelo Congresso Nacional em abril de 2017, com  a Lei nº 13.435/2017.
Com informações: NSC Total

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