Cinco aliados do prefeito João Gregório Neto, assassinado na última terça-feira (24), deixaram seus cargos nesta quinta-feira (26). As cartas de demissão foram entregues ao presidente da Câmara Municipal, Luiz Márcio Pereira (PMN) e devem ser encaminhados ao atual vice-prefeito, Ticiano Tomé, que deve tomar posse na próxima segunda-feira (30).
Pediram demissão: o secretário de Administração e Finanças de Granjeiro, Mytchel de Almeida; a secretária de Assistência Social, Naiana Borges, esposa de Mytchel; a procuradora do município, Ana Meire da Costa; chefe do setor de Recursos Humanos, Maria Imaculada Henrique e o presidente do órgão de Licitação, João Lacerda.
Rompido com o prefeito, o vice Ticiano Tomé (PSDB) fez denúncias contra o gestor, investigado pela Polícia Federal. Agentes de segurança encontraram R$ 123 mil escondidos em caixas de sapatos na casa de João Gregório. Conforme a delegada Juliana Pacheco, que atua na Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco), existe suspeita de fraude nas licitações de Granjeiro. As obras da cidade eram administradas por empresas que estavam sob o comando do prefeito, caracterizando lavagem de dinheiro.
Para PF, assassinato de prefeito foi queima de arquivo
A colunista Denise Rothenburg, do Correio Braziliense, publicou nesta quarta-feira (25), que a Polícia Federal (PF), acredita que o assassinato do prefeito da cidade de Granjeiro, João Gregório Neto, ontem (24), enquanto caminhava pode ter sido uma queima de arquivo. Denise Rothenburg disse ainda que policiais e integrantes do Ministério Público pretendem, agora, usar o caso do prefeito no nível nacional. A intenção é reforçar a tese de que é melhor prender e arrancar uma delação capaz de desvendar todo o esquema, especialmente seus principais mandantes, do que deixar o sujeito solto, sob risco de vida.
(CNews)