Quem estiver no Ceará entre os dias 11 e 13 de agosto terá a chance de observar a chuva de meteoros Perseidas, um dos maiores fenômenos astronômicos registrados no ano, que permite observar até 100 pontos luminosos por hora. Pela proximidade com a linha do Equador, o estado terá visão privilegiada da chuva em relação a outras regiões do país. Os fragmentos de cometa começam a ficar visíveis a partir de 1h da madrugada desta terça-feira (11).
A Perseidas é um fenômeno comum e acontece todos os anos, a partir de julho, com o pico de intensidade atingido no meio do mês de agosto. A vantagem da visibilidade no Ceará está na ‘origem’ da chuva de meteoros no céu, explica o professor de matemática e especialista em ensino de Astronomia, tenente Romário Fernandes, do Corpo de Bombeiros.
“O nome Perseidas vem da constelação Perseus, ponto de onde parece irradiar essa chuva. Ela é melhor observada no hemisfério norte. Quanto mais próximo da linha do Equador, melhor. Em relação ao restante do país, o Ceará está em posição privilegiada”, avalia.
O observador fora de Fortaleza conseguirá assistir ao fenômeno com maior visibilidade. Como a cidade concentra diversos pontos luminosos, quanto mais afastado de luzes artificiais mais perceptível a chuva será. “É possível assistir em Fortaleza, também. Quanto mais escuro o céu, melhor”, explica o professor.
Romário afirma que a chuva vem do cometa Swift-Tuttle e é formada por organismos compostos de gelo e rocha. “Quando eles cruzam perto a atmosfera da Terra, a grande maioria se despedaça ainda no ar pelo atrito, deixando o rastro luminoso que chamamos de meteoro. As chuvas acontecem quando, ao cruzar o rastro de um cometa, você tem uma grande quantidade de meteoros que se concentram em uma região específica do céu. As órbitas dos cometas são estáveis, então, eles vão sempre realimentando o rastro a cada passagem.”
“O indicado é usar o modo noturno. Para saber se dá para fotografar, é só apontar a câmera do aparelho para o céu. Se você consegue ver as estrelas, então, dá para tirar a foto”, brinca Fernandes. A partir daí é preciso apontar o aparelho para um ponto fixo no céu, à nordeste”, explica o professor.
“Não acontece em um minuto. Usar o tripé é importante para manter o celular naquela posição durante muito tempo. Como os pontos duram mais ou menos um dois segundos e são imprevisíveis, o indicado é configurar o celular para tirar várias fotos em sequência. Para os vídeos, é só deixar gravando. Quem ficar por muito tempo pode assistir muitos. São cerca de 100 por hora”, avalia.