A Rússia anunciou, nesta sexta-feira (7), irá conceder o registro para a primeira vacina contra a Covid-19 na próxima quarta-feira (12). O vice-ministro da Saúde da Rússia, Oleg Gridnec, informou que o último estágio de testes – fase 3 – está em andamento, segundo o portal G1.
O país já havia iniciado, no início de agosto, que pretende iniciar a vacinação em massa da população em outubro.
Em julho, após concluir a primeira fase de testes, o governo russo prometeu distribuir a vacina ainda em agosto, mas adiou a previsão para setembro.
Durante o anúncio desta sexta-feira, Gridnec afirmou que a vacina desenvolvida pelo Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia, o Instituto Gamaleya, deve ser segura.
Médicos e idosos terão prioridade no esquema de imunização russo. O protótipo da vacina é baseado em adenovírus.
Em maio, a Associação de Organizadores de Pesquisas Clínicas criticou a Rússia após ser descoberto que os cientistas do Instituto Gamaleya haviam se vacinado, quando o protótipo ainda estava em fase de testes em animais.
Além disso, a falta de estudos publicados sobre a pesquisa causa desconfiança na comunidade internacional. Em 16 de julho, autoridades britânicas, estadunidenses e canadenses acusaram um suposto grupo de hackers russos de tentar roubar informações sobre projetos de vacinas contra a Covid-19.
Por parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a vacina desenvolvida pela Univerisdade de Oxford, do Reino Unido, está sendo testada em 5 mil voluntários brasileiros e será fabricada no país. O Governo Federal assinou medida provisória, nesta quinta-feira (6), que destina R$ 1,99 bilhão para viabilizar a fabricação.
Uma outra candidata, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac, está sendo testada em seis estados brasileiros em uma parceria com o Instituto Butantan, do Governo de São Paulo. O diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que é possível registrar a vacina em outubro.