Uma mutação ainda mais contagiosa do coronavírus detectada no Reino Unido, no fim de 2020, tem preocupado autoridades de saúde do mundo todo. Há uma semana, o país iniciou seu terceiro lockdown para frear o aumento de casos. No Brasil, a variante já foi identificada em dois casos de São Paulo. Contudo, no Ceará, ainda não há registros, apesar de os testes terem capacidade de identificar a mutação.

Magda Almeida, secretária-executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), explica que o Estado não realiza o procedimento de isolamento viral, necessário para realizar o sequenciamento do agente infeccioso. As amostras são enviadas ao Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, para a verificação da genotipagem do vírus. 

“Estamos aguardando os resultados, mas os testes que são feitos na rede pública identificam essa mutação. O risco de ter um teste negativo porque não identifica não ocorre aqui. Os kits de testagem disponíveis já são sensíveis para essa mutação”, afirma Magda.

Registros

Até o último dia 5 de janeiro, pelo menos 30 países já haviam registrado infectados pela variante, de acordo com levantamento da agência de notícias Reuters, incluindo o Brasil. Na Bahia, o Governo do Estado também confirmou um caso de uma nova cepa do vírus oriunda da África do Sul. 

Segundo o virologista Mário Oliveira, a família dos coronavírus, incluindo o Sars-Cov-2, é bastante mutável. E alerta: pessoas dos grupos de risco são ainda mais suscetíveis. “A variante do vírus, qualquer que seja, sempre que conseguir acometer idoso ou pessoa com comorbidade, vai afetar mais gravemente. Algumas vão a óbito”, explica.

(Diário do Nordeste)


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *