O Ministério da Saúde descartou a possibilidade de adiantar a aplicação da segunda dose da Pfizer, neste momento. Assim, apesar da alteração na bula, o intervalo de 90 dias será mantido até que 100% da população vacinável, isto é, acima dos 18 anos, tenha recebido pelo menos uma dose de algum dos imunizantes contra a covid-19. A decisão foi oficializada na noite desta terça (27) em uma nota assinada pelo ministro Marcelo Queiroga e pelos presidentes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Carlos Eduardo de Oliveira, e do Conselho Nacional de Saúde (CONAS), Wilames Freire Bezerra.
No início da tarde, o secretário-executivo Conasems, Mauro Junqueira, adiantou ao Congresso em Foco que a equipe técnica do conselho era contra alterar a data de aplicação da segunda dose. Ele também comentou que isso não poderia ocorrer por determinação unilateral do Ministério da Saúde e que posição do órgão tinha sido tinha sido oficializada por uma nota técnica e levada ao ministro Queiroga.
“O Ministério da Saúde não determina essa mudança e quem executa são os municípios. Temos uma câmara técnica de especialistas composta por Conass e o Conasems que emitiu um parecer [contrário]. E tem uma câmara tripartite, com mais o Ministério da Saúde”, disse explicando que o parecer técnico foi apresentado a esta câmara tripartite. “O governo pode propor a mudança, mas ela só acontece quando há uma pactuação”, completou.